A sociedade está no caminho de compreender plenamente a ideia da igualdade, especialmente quando se trata da igualdade racial. No espetáculo “Negras Sementes”, foram apresentados três personagens – Maria, Zaíta e Lumbiá -, cujas histórias são tão comuns quanto tristemente violentas. O espetáculo é uma ferramenta para despertar consciências sobre a realidade enfrentada pela comunidade negra.
“Negras Sementes” apresenta corpos negros rodeados pelo preconceito, pela violência e miséria. Eles são alvos frequentes de discriminação e opressão. Caem, são machucados, mas, ainda assim, encontram força para florescer. Ao ver o retrato e uma trabalhadora doméstica levando sobras de alimentos para os filhos, já vem na cabeça as mulheres com sacolas de supermercado, voltando do longo dia de faxina.
É um retrato vivo da resiliência e resistência negra, uma demonstração da capacidade de superar adversidades mesmo em condições desfavoráveis.
O espetáculo não apenas expõe essas realidades cruas, mas também levanta a voz em nome da igualdade. Inspirado pela autoria afrodescendente de Conceição Evaristo, “Negras Sementes” denuncia a condição do negro em nosso país. A peça é uma semeadura para a germinação de uma consciência negra